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Selic em 15%: o que muda nos seus investimentos

19 de setembro de 2025
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O Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros do país, decidiu manter a Selic em 15% ao ano e sinalizou que esse patamar deve durar por mais tempo. A medida busca controlar a inflação e dar previsibilidade à economia, mas também muda a forma como empresas e famílias lidam com crédito, consumo e, principalmente, com os investimentos. Nesse cenário, alguns ativos se beneficiam, enquanto outros enfrentam mais desafios. Você sabe como essa decisão pode impactar a sua carteira?


O que é a Selic e por que está em 15%

A Selic é a taxa que serve de bússola para toda a economia brasileira. Definida pelo Copom, ela influencia desde o valor das parcelas de um financiamento até a rentabilidade dos títulos públicos. Por isso, qualquer mudança, ou até mesmo a manutenção, impacta diretamente o bolso dos brasileiros e o rumo dos investimentos.


Nos últimos dois anos, o Banco Central elevou os juros de forma consistente para conter a inflação. Depois de uma série de aumentos, a Selic chegou a 15% ao ano e permanece nesse patamar. Essa decisão mostra a prioridade do Banco Central em conter a inflação, mesmo que isso implique crédito mais caro e menor ritmo de consumo.


Além disso, o Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central, indica que o mercado projeta a Selic em 15% até o fim de 2025, com cortes apenas a partir de 2026. Portanto, a expectativa é de que o mercado conviva com juros elevados por mais tempo.


Investimentos em renda fixa: destaque no atual cenário

Com a Selic em 15% ao ano, a renda fixa volta ao centro das atenções. Títulos públicos como Tesouro Selic e Tesouro IPCA+ acompanham a taxa definida pelo Copom e refletem imediatamente os juros altos. Já CDBs, LCIs e LCAs seguem indicadores como o CDI ou a própria Selic, o que tende a elevar as taxas pagas por bancos. Segundo o Banco Central, esse patamar funciona como bússola para os juros de mercado e define a remuneração de grande parte dos investimentos em renda fixa.


Investimentos em renda variável: riscos e oportunidades

Juros elevados impõem desafios à renda variável. Empresas pagam mais caro quando captam recursos, portanto os lucros futuros sofrem. Além disso, os avaliadores de mercado descontam mais os fluxos de caixa futuros, o que pressiona o valor das ações hoje.


Por outro lado, certos setores resistem melhor. Em análises de mercado, setores como exportadoras ou empresas com receita em dólar costumam ser menos afetados, pois têm vantagens competitivas nesse ambiente. Portanto, a diversificação setorial se torna essencial.


Fundos multimercados e crédito privado: alternativas interessantes

Fundos multimercados costumam variar a exposição entre renda fixa e renda variável conforme expectativa de juros e inflação. O crédito privado (debêntures, CRIs, CRAs) costuma oferecer prêmios maiores frente à renda fixa pública, compensando riscos adicionais. Contudo, é essencial verificar liquidez, qualidade de crédito e custos. Com a Selic alta, o prêmio pago por ativos de crédito privado costuma subir, aumentando o retorno esperado desses instrumentos, ainda que acompanhado de riscos adicionais.


Estratégias de alocação de portfólio em cenário de Selic alta

Em cenários de juros elevados, observa-se maior equilíbrio entre renda fixa e renda variável, com decisões influenciadas pelo perfil de risco, pelos objetivos e pelo horizonte de aplicação de cada investidor. A diversificação internacional aparece como forma de mitigar risco Brasil e inflação local. Além disso, ativos protegidos pela inflação cumprem o papel de preservar poder de compra em momentos de incerteza econômica. Por fim, acompanhe os comunicados do Banco Central e o boletim Focus, pois eles indicam mudança de rumo. 


Conclusão

A Selic em 15% cria um ambiente que favorece instrumentos de renda fixa, enquanto pressiona ativos de maior risco, como ações e fundos imobiliários. Logo, esse cenário reforça a importância de segurança, proteção contra inflação e diversificação nas decisões de investimento.


Se quiser entender como estruturar sua carteira nesse contexto e entender como posicionar sua estratégia financeira, fale com a equipe da Minha Gestora. 

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