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Dólar em queda: onde investir com segurança

19 de setembro de 2025
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Nos últimos meses, a queda do dólar deixou de ser apenas uma aposta e passou a ganhar corpo no mercado financeiro. Segundo o Banco Central, o câmbio reflete fatores como política monetária, fluxo de capitais e expectativas de crescimento global. Quando esses elementos convergem, o real se fortalece. Hoje (19/9/25), o dólar comercial gira em aproximadamente R$ 5,30, sinalizando um movimento que pode mudar a lógica de muitos investimentos.


Diante disso, investidores atentos precisam repensar suas estratégias para proteger e ampliar o patrimônio. Portanto, vamos abordar ao longo do texto quais investimentos merecem atenção em um cenário de dólar em baixa.


Cenário atual do dólar

Antes de avaliar os impactos nos investimentos, é essencial compreender o cenário atual. Segundo o Relatório Focus do Banco Central, o mercado projeta câmbio menor para o fim de 2025, com estimativas em torno de R$ 5,50 por dólar. Além disso, o boletim confirma que a taxa Selic deve permanecer elevada, o que segue atraindo capital estrangeiro e sustentando o real.


Por outro lado, o FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu suas projeções de crescimento global, sinalizando um ritmo mais moderado para a economia. Nesse cenário, moedas de países emergentes com fundamentos fiscais consistentes podem ter alguma vantagem, se mantiverem solidez frente às incertezas externas. Assim, a expectativa de queda do dólar não nasce apenas de apostas de mercado, mas se apoia em projeções oficiais recentes, ainda que com ressalvas.


Investimentos atrelados ao dólar

Com a moeda americana em queda, alguns ativos atrelados ao câmbio podem perder parte do seu apelo. Por exemplo, os fundos cambiais, que replicam a variação do dólar, tendem a registrar desempenho inferior nesse cenário, especialmente se a valorização do real se prolongar. Da mesma forma, empresas exportadoras podem enfrentar pressão em suas receitas caso o real continue ganhando força e não contem com proteção cambial (hedge).


No entanto, isso não significa que esses ativos deixam de ter valor. Pelo contrário, o Banco Central destaca em relatórios que a volatilidade cambial é constante. Assim, mesmo em cenários de queda, é possível que momentos de oscilação no curto prazo beneficiem operações de proteção. Em outras palavras, quem busca segurança pode manter parte da carteira nesses instrumentos, mas deve estar ciente da tendência predominante.


Investimentos favorecidos pela queda do dólar

Se alguns ativos perdem espaço, outros ganham relevância. De acordo com dados da B3, empresas importadoras e setores que dependem de insumos estrangeiros tendem a se beneficiar de um câmbio mais barato. Nesse grupo estão companhias aéreas, indústrias que importam matérias-primas e varejistas que comercializam produtos internacionais.


Além disso, o Tesouro Nacional aponta que a renda fixa segue como pilar de estabilidade, especialmente em períodos de incerteza. Com a Selic mantida em nível elevado pelo Copom, títulos públicos como Tesouro Selic e Tesouro IPCA+ oferecem segurança e rendimento real acima da inflação. Portanto, em paralelo à queda do dólar, a renda fixa se mantém como alternativa sólida para investidores conservadores e moderados.


Ao mesmo tempo, a Bolsa de Valores pode se beneficiar indiretamente. Quando o dólar cai, o custo de produção de diversas empresas diminui, aumentando a margem de lucro. Dessa forma, setores voltados ao consumo interno podem apresentar valorização. No entanto, como alerta a própria B3, o mercado de ações exige diversificação e acompanhamento constante.


Estratégias de diversificação

Independentemente da tendência cambial, a diversificação continua sendo a estratégia mais eficaz. Uma carteira diversificada reduz riscos e melhora a consistência dos retornos ao longo do tempo. Assim, em vez de apostar exclusivamente em ativos que se beneficiam do dólar baixo, o investidor deve equilibrar diferentes classes.


Por exemplo, manter parte dos recursos em renda fixa garante estabilidade, enquanto a exposição moderada à Bolsa pode gerar ganhos adicionais. Já a manutenção de instrumentos de proteção, como fundos cambiais, oferece segurança em caso de reversão inesperada no câmbio. Portanto, a diversificação não apenas protege, mas também amplia as oportunidades de crescimento patrimonial.


Conclusão

A queda do dólar abre espaço para diferentes estratégias de investimento. Empresas importadoras, setores de consumo interno e títulos públicos se destacam em um cenário de valorização do real. Contudo, é fundamental lembrar que oscilações no câmbio fazem parte do dia a dia do mercado, e por isso a diversificação continua sendo indispensável.


Portanto, em vez de buscar respostas rápidas, o investidor deve basear suas decisões em dados oficiais e em análises consistentes. Assim, é possível transformar a expectativa de queda do dólar em oportunidade de fortalecer sua carteira.


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